Candidato da Eslovénia a comissário europeu desiste após pressão de Von der Leyen
- 06/09/2024
Vesel, antigo presidente do Tribunal de Contas da Eslovénia, reconheceu, em comunicado, que não partilha com Von de Leyen "os mesmos critérios relativos ao funcionamento da Comissão Europeia".
O esloveno não entrou em detalhes em relação às divergências com a política alemã ou se estas estão relacionadas com o pedido de Von de Leyen para que os Estados-membros da União Europeia (UE) apresentassem mais mulheres como candidatas.
O Governo esloveno, liderado por Robert Golob, tinha reafirmado dias antes que não nomearia outra pessoa em prol da paridade de género.
Vesel espera que a Eslovénia obtenha uma pasta influente no próximo Colégio de Comissários, ainda por distribuir.
Cabe a Von der Leyen preparar esta distribuição, de forma a poder aumentar ou diminuir o peso das responsabilidades consoante os critérios que considere.
"Ao longo de toda a minha vida política lutei para que as mulheres tivessem acesso a cargos de responsabilidade. A minha experiência é que se não pedir, não se consegue. [A igualdade] Não vem naturalmente", frisou Von de Leyen esta semana.
O Governo da Eslovénia anunciou, em comunicado, que os parceiros da coligação vão-se reunir na segunda-feira para anunciar a substituição de Vesel.
Golob disse respeitar a decisão do antigo candidato e elogiou o seu profissionalismo, confiando que irá permanecer "à disposição da Eslovénia" para futuras missões.
Segundo o jornal esloveno Delo, a Eslovénia poderá propor a diplomata Marta Kos e assim cumprir as exigências de Von der Leyen.
O porta-voz de Von der Leyen, Eric Mamer, frisou hoje que o processo "ainda está em curso", pelo que não quis arriscar em que momento a política alemã fechará a sua equipa e anunciará a distribuição de pastas que propõe.
A composição da sua equipa poderá ser conhecida na quinta-feira, uma vez que Von der Leyen estará presente na Conferência dos Presidentes do Parlamento Europeu nesse dia de manhã, para falar sobre o seu novo executivo.
Portugal propôs a antiga ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque, que segundo fontes europeias já foi entrevistada pela líder do executivo comunitário.
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