Casas e tendas ardem em Gaza após ataque israelita
- 31/07/2025
Foram registados novos ataques israelitas a tendas, em campos de deslocados palestinianos, durante a madrugada de quinta-feira. Diz a Al Jazeera que desde a meia noite, hora local, pelo menos quatro localizações distintas foram atingidas.
Na Cidade de Gaza, há registo de dois ataques no sul e no norte da região. Ao todo, há pelo menos cinco mortos, sendo que um dos ataques foi a uma tenda de deslocados e o outro a um prédio habitacional.
Nas redes sociais, já começam a circular imagens deste ataque, onde as autoridades de emergência tentam conter o incêndio num edifício em chamas. Entre a destruição, pode observar-se o chão coberto com destroços.
Em Deir el-Balah, no centro do enclave, um ataque de drones matou uma família de quatro: um homem, uma mulher e duas crianças.
Em al-Mawasi, uma das alegadas ‘zonas seguras’ para deslocados em Gaza, que fica a oeste de Khan Younis, o padrão repete-se. Aqui, foram registados, pelo menos, dois mortos. O número de feridos ainda não foi divulgado.
Veja o vídeo na galeria acima.
Relatos de ataques em zonas de distribuição de comida continuam
Na quarta-feira, Israel matou, pelo menos, 91 palestinianos por todo o enclave, incluindo 77 pessoas que estavam a tentar obter ajuda humanitária.
Em apenas um ataque, o gabinete de imprensa de Gaza afirma que morreram, pelo menos, 51 pessoas morreram e que 648 ficaram feridas, numa zona de passagem de camiões de ajuda humanitária.
Estes relatos acontecem numa altura em que as forças israelitas começaram a deixar entrar ajuda humanitária no enclave, depois de as organizações no terreno alertarem para a gravidade da crise na Faixa de Gaza - nomeadamente, no que toca à falta de comida.
Perante a pressão internacional, Israel deixou os camiões entrarem no enclave para começar a distribuir comida, mas chegam cada vez mais relatos de ataques israelitas nas zonas de distribuição.
O ministério da Saúde de Gaza registou 154 mortes por malnutrição só nas últimas semanas, sendo que 89 eram crianças. São mortes que se somam aos mais de 60 mil palestinianos que morreram na Faixa de Gaza desde o início do conflito em outubro de 2023.
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