Conversações EUA-China sobre tarifas prosseguem este domingo
- 11/05/2025
Não houve até agora indicação sobre se houve progressos no sábado, durante a reunião de mais de 10 horas entre o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, o representante do Comércio dos Estados Unidos, Jamieson Greer, e uma delegação liderada pelo vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng.
O responsável citado pela agência de notícias norte-americana, que solicitou o anonimato, estimou que as conversações poderão ajudar a estabilizar os mercados mundiais, perturbados pelo impasse entre Estados Unidos e China.
As conversações têm estado envoltas em secretismo e no sábado, nenhuma das partes fez comentários à imprensa à saída.
As perspetivas de grandes avanços parecem escassas, mas há esperança de que os dois países reduzam os impostos maciços -- tarifas aduaneiras - que aplicaram aos produtos um do outro, uma medida que aliviaria os mercados financeiros mundiais e as empresas de ambos os lados do Oceano Pacífico que dependem do comércio EUA-China.
No mês passado, o Presidente norte-americano, Donald Trump, aumentou os direitos aduaneiros dos Estados Unidos sobre a China para um total de 145%, e a China retaliou, com uma taxa de 125% sobre as importações norte-americanas.
Tarifas tão elevadas equivalem essencialmente ao boicote dos produtos um do outro, perturbando trocas que, no ano passado, ultrapassaram os 660 mil milhões de dólares (586 mil milhões de euros).
Ainda antes do início das negociações, Trump sugeriu na sexta-feira que Washington poderia reduzir as tarifas impostas a Pequim, afirmando, num 'post' publicado na sua rede social, Truth Social: "Tarifas de 80% parecem-me bem! É com o Scott [Bessent]".
Leia Também: Trump anuncia "grandes progressos" nas negociações entre China e EUA