Estónia evita fechar fronteira ou espaço aéreo com a Rússia

  • 18/09/2025

Reagindo a um projeto de lei apresentado hoje pela oposição para fechar temporariamente a fronteira com a Rússia, o ministro estónio do Interior, Igor Taro, defendeu que "não há razão para isso".

 

Devido a riscos de segurança após a intrusão de 'drones' russos no espaço aéreo polaco na semana passada, Varsóvia fechou temporariamente o leste do país a voos civis, além de encerrar a sua fronteira com a Bielorrússia (importante aliado de Moscovo) numa altura em que estes dois países iniciavam exercícios militares conjuntos.

A Letónia e a Lituânia também responderam ao incidente com os 'drones' russos na Polónia, impondo restrições temporárias no espaço aéreo no leste dos dois países, enquanto a Finlândia mantém encerrada por tempo indeterminado a sua fronteira com a Rússia, a mais extensa de todos os países da região, enquanto este país prossegue a sua ofensiva contra a Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.

Taro disse acreditar que não há fundamento suficiente para o encerramento da fronteira, referindo que "as passagens fronteiriças estão a funcionar normalmente", admitindo que tal aconteça apenas em resposta a um tipo específico de ação.

Afirmou ainda que a imigração russa para a Estónia desceu consideravelmente e que as passagens fronteiriças permanecerão abertas por razões humanitárias, tendo em conta a significativa comunidade migrante que vive de ambos os lados. 

"Se alguma coisa mudar, a fronteira poderá ser rapidamente fechada", afirmou.

O ministro explicou ainda que, se a Estónia tomou esta decisão, ao contrário dos seus vizinhos, foi em parte após consultar os seus aliados.

"Avaliámos sempre a situação e cooperámos com os nossos vizinhos (...) Tudo o que fizemos baseou-se tanto na situação de segurança na Estónia como na cooperação com os nossos vizinhos", enfatizou Taro em declarações à cadeia televisiva estónia ERR.

A invasão do espaço aéreo da Polónia por drones russos foi o incidente direto mais sério em Estados-membros da NATO desde o início do conflito na Ucrânia, há mais de três anos.

A Polónia e os países da NATO com presença militar no seu território estão em alerta máximo desde a intrusão de cerca de vinte drones russos na noite de 9 para 10 de setembro.

Vários países europeus, incluindo a França, a Alemanha e a Suécia, bem como o Reino Unido, anunciaram maiores contributos para as defesas aéreas da Polónia ao longo da sua fronteira oriental com a Ucrânia e a Bielorrússia.

A NATO criou a iniciativa militar 'Sentinela Oriental' após a invasão do espaço aéreo polaco por 'drones' russos, tendo sido anunciada logo de seguida e ativada no sábado, perante o cenário de um potencial novo ataque.

O reforço militar não é exclusivo para a Polónia.

No sábado, a NATO realizou uma descolagem de emergência, ativando a iniciativa militar Sentinela Oriental, perante outra potencial ameaça dos 'drones' russos, informou o Quartel-General Supremo das Potências Aliadas na Europa (SHAPE).

A Roménia também alegou que um 'drone' russo violou o seu espaço aéreo no sábado.

Os 'drones' têm sido a principal arma utilizada pela Rússia nos ataques a cidades e infraestruturas energéticas e civis na Ucrânia.

Leia Também: UE atenta a "potenciais ameaças" em torno de exercício militar ZAPAD-2025

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2855349/estonia-evita-fechar-fronteira-ou-espaco-aereo-com-a-russia#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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