EUA fecham centros para migrantes na fronteira com México por pouco fluxo

  • 14/03/2025

Segundo o Serviço de Alfândegas e Proteção de Fronteiras (CBP, na sigla em inglês), foram encerrados os centros de Donna, North Eagle Pass e Laredo (Texas), bem como os de Yuma e Tucson (Arizona).  

 

No entanto, continuarão a funcionar as instalações de San Diego (Califórnia) e El Paso (Texas), adiantou a CBP.

A agência federal referiu ainda que em fevereiro deteve 8.347 imigrantes ilegais que atravessavam a fronteira sudoeste nos seus vários pontos de entrada, menos 94% em relação ao ano anterior e 71% abaixo do mês anterior.

O mês de fevereiro foi o primeiro completo após as novas medidas de repressão da imigração adotadas pelo Presidente Donald Trump, e nesse período as forças de segurança registaram uma média de 330 detenções por dia, a mais baixa da história do CBP, informou a agência em comunicado.

Na fronteira sudoeste, as apreensões caíram para menos de 300 por dia, segundo o CBP.

O comissário interino da CBP, Pete Flores, afirmou que a "diminuição drástica das detenções de imigrantes ilegais como resultado da liderança do Presidente Trump permite reduzir o número de instalações de processamento temporário em pontos estratégicos ao longo da fronteira sudoeste".  

"Já não são necessárias, uma vez que os imigrantes sem documentos estão a ser rapidamente removidos", explicou.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, tinha anunciado recentemente uma redução drástica das passagens fronteiriças em fevereiro e declarou o fim do que afirma ser uma invasão - a forma como habitualmente se refere à chegada de migrantes ao país.

As autoridades de imigração norte-americanas já tinham comunicado, no mês passado, uma redução de 85%, em termos homólogos, nas passagens da fronteira sul com o México durante os primeiros 11 dias do Governo de Trump, que tomou posse a 20 de janeiro.

No seu primeiro dia de regresso ao cargo, Donald Trump assinou uma ordem executiva que declara o estado de emergência na fronteira com o México.

Durante a campanha eleitoral, o republicano acusou os migrantes ilegais de serem criminosos que "envenenam o sangue" dos Estados Unidos e prometeu realizar "a maior operação de deportação da história do país".

O dirigente republicano militarizou a fronteira, ordenou rusgas em várias partes do país e revogou os benefícios de imigração para várias nacionalidades.

Cerca de 11 milhões de imigrantes indocumentados residiam nos Estados Unidos em 2022, de acordo com a última estimativa do Departamento de Segurança Interna.

Apesar da menor pressão sobre a fronteira, as forças armadas norte-americanas anunciaram esta semana que vão enviar mais de 600 soldados adicionais para a fronteira com o México.

Cerca de 40 são analistas de informações da Força Aérea e 590 são engenheiros do Exército, revelou o Comando Norte-Americano (Northcom) dos EUA.

Este reforço elevará o número total de tropas mobilizadas ou que deverão ser mobilizadas na fronteira com o México para aproximadamente 9.600, acrescentou o Northcom.

A Patrulha de Fronteiras dos EUA diz ter feito cerca de 8,8 milhões de detenções de migrantes irregulares na fronteira com o México, algumas delas várias vezes, durante o mandato de quatro anos do ex-Presidente democrata Joe Biden.

Estas detenções atingiram o pico no final de 2023 antes de caírem significativamente no final do mandato.

Também hoje, o Presidente do Panamá, José Raúl Mulino, anunciou o encerramento gradual dos centros de migração que funcionavam desde 2016 na província de Darién, onde atendiam centenas de milhares de indocumentados, devido a uma queda de até 98% no fluxo para o norte do continente.

"Há um ano, tínhamos 36.841 migrantes a atravessar Darién e hoje, em março, temos apenas 112", detalhou Mulino.   

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FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2746644/eua-fecham-centros-para-migrantes-na-fronteira-com-mexico-por-pouco-fluxo?utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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