"Foi uma loucura". Testemunhas descrevem colisão aérea em Washington
- 30/01/2025
Testemunhas da colisão do avião comercial da American Airlines com um helicóptero militar, em Washington DC, descreveram a sua perceção do violento acidente à imprensa norte-americana.
Jimmy Mazeo, residente local, disse à WUSA9 que viu luzes brancas no céu, mas "não pensou muito nisso", lembrando que se assemelhava a "estrelas cadentes".
"Não pensámos muito nisso até vermos os camiões dos bombeiros começarem a sair para o asfalto, os carros da polícia e os barcos. Foi uma loucura", disse.
Depois de os primeiros socorristas chegarem ao local, Mazeo percebeu que ele e o namorado haviam testemunhado uma tragédia extremamente grave, ficando, imediatamente, "muito nervoso".
"Estou realmente pasmado. Claro que é terrível o que aconteceu esta noite, mas acho que é uma loucura termos visto o que aconteceu. Estou a rezar por todas as pessoas envolvidas nisto", notou.
Já Abadi Ismail falou numa "visão cinematográfica" à Fox5.
"Foi um estrondo muito alto, algo com que eu não estava familiarizado, algo que normalmente não se ouve", recordou. "Então, virei-me para a janela para dar uma olhadela e vi algum fumo fora do aeroporto. Ainda não estava a compreender tudo. Poucos minutos depois, vi a Guarda Costeira, a polícia de DC, a polícia de Arlington, os camiões de bombeiros e todos os recursos a dirigirem-se para o local", acrescentou.
O avião da companhia American Airlines que transportava 60 passageiros e quatro tripulantes colidiu na noite de quarta-feira, madrugada de quinta-feira em Lisboa, com um helicóptero do exército durante a aterragem no aeroporto Ronald Reagan, perto de Washington, dando início a uma grande operação de busca e salvamento no Rio Potomac, onde caíram as aeronaves.
Três soldados estavam a bordo do helicóptero, disse um oficial do Exército.
A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) declarou que o acidente ocorreu por volta das 21h00 de quarta-feira, no horário local (2h00 de hoje em Lisboa).
Um grupo de patinadores artísticos, os seus treinadores e familiares viajavam no avião da American Airlines, de acordo com a Federação de Patinagem Artística dos Estados Unidos (U.S. Figure Skating), acrescentando que o grupo estava a regressar de um evento em Wichita, no Kansas.
Não são conhecidas ainda as causas da colisão, mas todas as descolagens e aterragens do aeroporto foram interrompidas enquanto as equipas de mergulho inspecionam o local e os helicópteros das agências de segurança e resgate sobrevoavam o local em busca de corpos.
O acidente ocorreu num dos espaços aéreos mais controlados e monitorizados do mundo, a pouco mais de cinco quilómetros a sul da Casa Branca e do Congresso norte-americano.
"Deus os abençoe", disse, inicialmente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, num comunicado, dizendo que tinha sido "totalmente informado do terrível acidente".
Mais tarde, na sua rede social Truth Social, o presidente disse que a colisão "devia ter sido evitada".
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