Governo palestiniano saudou o Canadá pelo reconhecimento da Palestina
- 31/07/2025
Para o Governo palestiniano, a decisão do Canadá "marca um passo significativo" sobre o direito à autodeterminação
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana - que governa zonas da Cisjordânia ocupada por Israel - indicou que considera a posição do Canadá como uma reafirmação do "consenso internacional" sobre a solução "dois Estados".
O mesmo documento refere que o Canadá demonstrou que "o caminho para a paz" e a estabilidade devem basear-se na justiça, na igualdade e no respeito pelo direito internacional.
O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, anunciou na quarta-feira que o país pretende reconhecer o Estado palestiniano na próxima Assembleia Geral das Nações Unidas, que vai realizar-se em setembro.
Carney justificou a decisão como uma resposta ao "insuportável sofrimento" causado pelas ações de Israel ao impedir a distribuição de ajuda humanitária em Gaza, pela violência dos colonos israelitas na Cisjordânia e pelos planos de anexação do território palestiniano.
Na nota, a diplomacia palestiniana exortou todos os países que ainda não reconheceram o Estado da Palestina a fazê-lo "com coragem e determinação".
Israel condenou na quarta-feira a intenção do Canadá de reconhecer o Estado da Palestina.
Após as declarações do primeiro-ministro canadiano sobre o reconhecimento da Palestina, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que, por causa da decisão, um eventual acordo comercial com o Canadá vai ser "muito difícil".
Entretanto, a diplomacia de Portugal admitiu na quarta-feira reconhecer o Estado da Palestina.
A posição foi manifestada através de uma declaração conjunta assinada no final da conferência sobre a solução "dois Estados" que decorreu nas Nações Unidas, em Nova Iorque, na quarta-feira.
Pela Europa, subscreveram a declaração Andorra, Finlândia, França, Islândia, Irlanda, Luxemburgo, Malta, Noruega, Portugal, San Marino, Eslovénia e Espanha.
A Espanha, a Irlanda, a Noruega e a Eslovénia já reconheceram o Estado palestiniano em 2024.
França anunciou na semana passada que vai reconhecer a Palestina como Estado durante a Assembleia Geral da ONU, em setembro.
O Reino Unido pode vir a tomar a mesma decisão, anunciou o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, na terça-feira.
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