"Luta não terminou. Quem levantar a mão contra nós, pagará preço alto"

  • 16/10/2025

"A luta ainda não terminou, mas uma coisa é clara: qualquer pessoa que levante a mão contra nós sabe que vai pagar um preço muito alto", afirmou durante uma cerimónia para assinalar oficialmente o segundo aniversário do ataque do grupo islamita Hamas, a 7 de outubro de 2023, que deu origem à guerra em Gaza.

 

"Israel está na vanguarda do confronto entre a barbárie e a civilização", defendeu, num discurso feito no cemitério do Monte Herzl.

Israel acusou o movimento islamita palestiniano de violar o acordo de cessar-fogo, que exige a entrega de todos os reféns mantidos em Gaza, vivos e mortos, no prazo de 72 horas após a sua entrada em vigor, prazo que expirou na segunda-feira.

O Fórum das Famílias de Reféns pediu hoje ao Governo israelita para adiar a implementação do acordo de cessar-fogo em Gaza até que o Hamas entregue os corpos dos 19 reféns ainda nas mãos do grupo islamita.

Na quarta-feira, o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, avisou que o Exército poderia retomar a sua ofensiva na Faixa de Gaza, após o movimento islamita ter referido que não conseguiu localizar os corpos de mais reféns.

Para o ministro, isto é uma violação do acordo de cessar-fogo, que estipula que "o Hamas é obrigado a devolver todos os reféns mortos que mantém em seu poder".

O Hamas entregou até agora os 20 reféns vivos e 10 cadáveres, um dos quais não correspondia a nenhum dos 28 reféns mortos.

O grupo islamita garante que cumpriu o seu "compromisso com o acordo" e disse que já entregou todos os prisioneiros vivos sob a sua custódia, bem como os corpos a que teve acesso.

"Quanto aos restantes corpos, são necessários grandes esforços e equipamento especial para a sua recuperação e extração", acrescentou o Hamas num comunicado divulgado nos seus canais oficiais.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, também exigiu, na quarta-feira, que o Hamas entregue todos os corpos dos reféns e disse que o grupo islamita está "a escavar" e "a encontrar muitos corpos".

"Alguns destes corpos estão ali há muito tempo e alguns estão debaixo dos escombros. Têm de limpar os escombros. Alguns estão nos túneis", acrescentou.

No domingo, a porta-voz do Governo israelita, Shosh Bedrosian, indicou que um "organismo internacional", acordado no âmbito do acordo, ajudaria a "localizar os reféns [mortos] caso não fossem encontrados e libertados" até segunda-feira.

Em troca da devolução dos restos mortais dos reféns, Israel entregou dezenas de cadáveres de palestinianos a Gaza.

O acordo de cessar-fogo foi assinado com base no plano de Donald Trump de terminar definitivamente a guerra na Faixa de Gaza.

O plano prevê um cessar-fogo inicial, acompanhado da libertação de reféns, da retirada dos militares israelitas de partes de Gaza e do envio de mais ajuda humanitária para o devastado território palestiniano.

Ficou acordado ainda o desarmamento do Hamas e a amnistia ou exílio dos seus combatentes, bem como a continuidade da retirada israelita de Gaza, pontos que permanecem em aberto.

Israel, que controla todo o acesso à Faixa de Gaza, deveria também abrir por completo a crucial passagem de Rafah, entre o Egito e o território palestiniano, à ajuda humanitária após o cessar-fogo e a libertação dos reféns.

No entanto, as autoridades israelitas decidiram hoje adiar a data de abertura da passagem de Rafah, ficando aberta apenas para a circulação de pessoas.

Leia Também: EUA instam Hamas a cessar atos de violência contra civis na Faixa de Gaza

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2871844/luta-nao-terminou-quem-levantar-mao-contra-nos-pagara-preco-alto#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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