Metsola sauda "progresso" na adesão de Kyiv à UE

  • 18/09/2025

"A Europa precisa de ver o progresso que vocês já fizeram", afirmou Metsola num discurso no parlamento ucraniano, após encontro com o Presidente Volodymyr Zelensky.

 

"Estou convencida de que encontraremos um caminho a seguir. E permitam-me assegurar-vos de que têm para isso o total apoio do Parlamento Europeu", prometeu na Verkhovna Rada a deputada conservadora maltesa.

O governo ucraniano enviou esta semana a Bruxelas o seu relatório sobre o cumprimento dos requisitos para avançar para a integração em termos do Estado de direito, das reformas da administração pública e do funcionamento das instituições democráticas.

Este grupo de capítulos dos requisitos para a integração na UE inclui também questões relacionadas com a proteção das minorias, um dos principais argumentos utilizados pela Hungria para vetar a abertura da avaliação.

Budapeste acusa a Ucrânia de não conceder direitos suficientes à minoria húngara do país.

"A solidariedade e a segurança também definem o lugar da Ucrânia na nossa União. A adesão à UE é uma garantia de segurança em si mesma, e avançaremos juntos neste caminho", acrescentou Metsola em Kiev.

A maioria dos membros do Partido Popular e do Partido Socialista no Parlamento Europeu apoia a abertura deste grupo de capítulos e é favorável à aceleração do processo de integração da Ucrânia, mas a sua posição não é vinculativa.

A questão tem de ter o apoio unânime dos Estados-membros para avançar e a UE está a procurar formas legais de contornar o veto húngaro.

No seu discurso perante a Verkhovna Rada, a presidente do Parlamento Europeu saudou as autoridades de Kyiv por reporem a independência das agências anticorrupção, depois de críticas por parte de Bruxelas. 

Metsola anunciou também a abertura de uma delegação permanente do Parlamento Europeu em Kyiv.

Neste momento, observou, a Ucrânia não precisa de "palavras de empatia", mas sim de medidas concretas, e por isso o Parlamento Europeu estará "presente no terreno", trabalhando lado a lado "todos os dias" com as autoridades locais numa futura representação.

Segundo Metsola, este "apoio real" inclui também a manutenção da ajuda humanitária, do apoio militar e dos investimentos, bem como "sanções severas para enfraquecer a máquina de guerra da Rússia". 

A UE está a ultimar aquele que seria o seu décimo nono pacote de sanções aplicado a Moscovo, que invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e prossegue ataques quase diários com centenas de mísseis e 'drones', apesar de estarem em curso esforços diplomáticos para ser alcançado um acordo com Kyiv que permita acabar com o conflito.

Metsola observou que o bloco está a trabalhar "em estreita colaboração" com outros parceiros internacionais para garantir que as novas sanções têm "o máximo impacto", mantendo-se disposto a continuar a desvincular-se do fornecimento de petróleo e gás russo e a fazê-lo ainda mais rapidamente, como tem sido exigido pelos Estados Unidos.

Em declarações num ato que contou com a presença de Metsola, Volodymyr Zelensky estimou em 120.000 milhões de dólares (101.000 milhões de euros) o custo anual da guerra, metade dos quais suportados pelo orçamento ucraniano. 

"Temos de encontrar outros 60.000 milhões [de dólares, cerca de 50.100 milhões de euros] no próximo ano", disse. 

Por outro lado, Zelensky referiu-se também às primeiras entregas já recebidas no âmbito do pacote de armamento aprovado pela Administração Trump, mas financiado pelos restantes aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

Nesse sentido, anunciou que pretende mobilizar em outubro, junto dos aliados europeus, mais 1.500 milhões de dólares (cerca de 1.265 milhões de euros) para comprar armamento aos Estados Unidos. 

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FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2855321/metsola-sauda-progresso-na-adesao-de-kyiv-a-ue#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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