Na guerra de Israel e o Hamas, foram 'apanhados' tailandeses. Porquê?

  • 30/01/2025

Cinco reféns tailandeses foram libertados esta quinta-feira, juntamente com três israelitas que estavam sob o controlo do Hamas.

 

Depois de quase 500 dias em cativeiro, estes cinco trabalhadores tailandeses foram libertados com outros dois reféns israelitas, já depois da primeira, a militar Agam Berger, ter sido libertada.

Apesar de a guerra ser travada entre o Hamas e Israel, há reféns fora da região, como já se sabia, mas, de acordo com a BBC, houve 31 tailandeses a serem raptados durante os ataques de 7 de outubro de 2023. Outros 39 foram mortos no mesmo dia.

As dezenas de reféns de nacionalidade tailandesa 'explicam-se' devido à presença dos mesmos no país para trabalhar. Segundo a publicação britânica, quase todos os trabalhadores estrangeiros raptados na altura eram tailandeses. Em Israel há cerca de 30 mil tailandeses que são trabalhadores agrícolas,  o que faz deles um dos maiores grupos de migrantes do país.

A maioria dos reféns tailandeses foi libertada em novembro de 2023, tendo o Hamas ficado com oito. Tirando os cinco que foram hoje libertados, acredita-se que dois estejam mortos e que haja ainda um refém da mesma nacionalidade para ser libertado.

Quem são os reféns (e as reações)

Os reféns que foram esta quinta-feira libertados são Pongsak Thaenna, Sathian Suwannakham, Watchara Sriaoun, Bannawat Saethao e Surasak Lamnao.

A primeira-ministra da Tailândia, Paetongtarn Shinawatra, disse que estava muito feliz com a notícia da libertação dos reféns e que o seu governo estava a colaborar com Israel "para que eles pudessem reunir-se o mais rapidamente possível com as suas famílias".

"O governo tailandês, incluindo todos os tailandeses, há muito que esperavam por este momento", afirmou a chefe de governo, acrescentando que ainda tem esperança de que os restantes tailandeses sejam "libertados de forma segura".

A BBC falou ainda com as famílias dos reféns hoje libertados, tendo o pai de Pongsak Thaenna dito que "achava que este dia nunca ia chegar".

"Não sei como passei por tudo isto. O meu filho foi feito refém, perdi a minha mulher, tive de me manter forte", explicou o homem, de 65 anos, explicando que durante os últimos tempos perdeu muito peso e que estava "sempre preocupado".

"Quando o vir vou dar-lhe um abraço gigante", disse. Abaixo, fica o momento em que o pai de Pongsak o vê entre os reféns libertados:

Também a mãe de um outro refém falou com a publicação, garantindo que um abraço seria também a primeira coisa que ia fazer quando visse o seu filho, Watchara Sriaoun. "Também a filha dele está muito feliz. Tem rezado todos os dias para que ele regresse", contou.

"Tive esperanças, mas também já as perdi várias vezes", disse, referindo que recebeu uma chamada na quarta-feira à noite, mas não tinha a certeza se o seu filho ainda estaria vivo.

Já a família de Sathian 'agarrou-se' ao facto de não haver confirmação sobre a morte do trabalhador. Segundo a irmã, Sirinna Suwannakham, nunca perderam a esperança e sempre acreditaram que ele estava vivo: "Nunca desistimos".

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FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2718291/na-guerra-de-israel-e-o-hamas-foram-apanhados-tailandeses-porque?utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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