Polícia marroquina detém quatro suspeitos de prepararem ataques no país
- 30/01/2025
Numa conferência de imprensa em Salé, perto de Rabat, o chefe do gabinete central de investigações judiciais, Habboub Cherkaoui, disse que a operação impediu "um perigoso plano terrorista", noticia a agência France-Presse (AFP).
Os quatro suspeitos, todos com nacionalidade marroquina e três dos quais irmãos, foram detidos no domingo em Had Soualem, perto de Casablanca, segundo um comunicado anterior das autoridades.
Cherkaoui acrescentou que o grupo tinha gravado um comunicado em que reivindicava a responsabilidade pelos ataques que planeava.
A investigação descobriu que os alvos eram "instalações de segurança essenciais, um supermercado e espaços públicos" frequentados por marroquinos e por estrangeiros.
As autoridades acreditam que os suspeitos tinham ligações direitas com um líder do Estado Islâmico no Sahel, que os recrutou através de plataformas na internet.
Os suspeitos, com idades entre os 26 e os 35 anos, tinham "empregos modestos" e "baixos níveis de educação".
Habboub Cherkaoui apontou que os grupos 'jihadistas' em África são "uma ameaça real para o reino" de Marrocos, tendo detalhado que 130 cidadãos marroquinos participaram em operações 'jiahdistas' na Somália e no Sahel desde o final de 2022.
Apesar da relativa ausência de violência ligada a grupos 'jihadistas' nos últimos anos, os serviços de segurança e de informações marroquinos têm relatado de forma regular ações anti-'jihadistas' e a frustração de potenciais ataques.
Leia Também: Roubaram-lhe telefone em Madrid. Jovem foi até Marrocos para recuperá-lo