Tailândia. Detida mulher suspeita de seduzir e extorquir monges budistas
- 15/07/2025
Wilawan Emsawat foi detida em casa, na província de Nonthaburi, a norte de Banguecoque, e foi acusada de extorsão, branqueamento de capitais e receção de bens roubados.
Até agora, nove monges foram expulsos de templos, por violação do voto de celibato, disse o Gabinete Central de Investigação da polícia tailandesa.
A polícia disse ter localizado dinheiro transferido para Emsawat por um monge a partir de uma conta bancária pertencente ao templo.
Antes de ser detida, a mulher tinha admitido, em declarações a meios de comunicação social tailandeses, um relacionamento com um monge.
De acordo com a polícia, Emsawat escolheu deliberadamente monges mais velhos e recebeu quantias avultadas de vários.
O comissário-adjunto do Gabinete Central de Investigação, Jaroonkiat Pankaew, indicou que a investigação começou depois de um abade ter abandonado abruptamente um templo de Banguecoque.
Investigadores descobriram depois que o abade tinha sido chantageado por causa da relação romântica.
Emsawat disse ao monge em questão que estava grávida e pediu que pagasse 7,2 milhões de baht (cerca de 190 mil euros) em assistência financeira, afirmou Pankaew, numa conferência de imprensa.
Os meios de comunicação social tailandeses noticiaram que uma busca aos telemóveis da mulher mostrou dezenas de milhares de fotografias e vídeos, bem como numerosos registos de conversas que indicavam intimidade com vários monges e que podiam ser usados para chantagem.
O primeiro-ministro tailandês, Phumtham Wechayachai, ordenou às autoridades uma revisão das leis existentes relacionadas com monges e templos, especialmente sobre a transparência das finanças dos templos, para restaurar a fé no Budismo, afirmou o porta-voz do governo, Jirayu Houngsub.
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