Tailândia volta a acusar Camboja de violação do cessar-fogo

  • 30/07/2025

De acordo com um comunicado do exército tailandês, as tropas cambojanas lançaram ataques em cinco pontos ao longo da fronteira, entre a noite de terça-feira e a manhã de hoje, incluindo "disparos de armas e morteiros".

 

A Tailândia e o Camboja acordaram na segunda-feira um cessar-fogo, após cinco dias de confrontos, que causaram a morte de mais de 40 pessoas de ambos os países, e que têm como pano de fundo uma disputa territorial histórica, que evolui para um confronto militar em vários pontos da fronteira comum entre 2008 e 2011.

"Este ato de agressão é, mais uma vez, uma clara violação do acordo de cessar-fogo por parte das forças cambojanas e a sua evidente falta de boa fé", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros tailandês num novo comunicado emitido hoje, depois de ter divulgado uma denúncia semelhante na terça-feira.

A porta-voz do Ministério da Defesa cambojano, Maly Socheata, rejeitou hoje, em conferência de imprensa, as acusações de Banguecoque e afirmou que o país está empenhado no acordo assinado, que entrou em vigor às 00:00 de terça-feira.

"O Camboja deseja reiterar que não tem qualquer intenção de violar o cessar-fogo, agora ou no futuro", afirmou aquele ministério num comunicado emitido esta madrugada.

As autoridades cambojanas planeiam levar hoje um grupo de diplomatas de vários países à zona fronteiriça com a Tailândia para verificar a aplicação do cessar-fogo.

Após semanas de tensões ao longo da fronteira, na quinta-feira, 24 de julho, eclodiu um confronto territorial entre os exércitos dos dois países, que se acusam mutuamente de terem iniciado os ataques.

Durante os cinco dias de conflito, pelo menos 43 pessoas foram mortas, 30 no lado tailandês - 15 soldados e 15 civis - e 15 no lado cambojano - 5 soldados e 8 civis, segundo dados oficiais de ambos os países. Cerca de 300 mil pessoas estão deslocadas, ainda segundo fontes oficiais.

O acordo de cessar-fogo foi selado na segunda-feira com a mediação da Malásia, que detém a presidência rotativa da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), tendo os Estados Unidos e a China participado como coorganizador e observador, respetivamente.

Na sequência do pacto, os chefes dos vários comandos de ambos os lados da fronteira reuniram-se na terça-feira para discutirem medidas de aplicação da cessação das hostilidades.

O conflito terá sido motivado por questões territoriais, um impasse histórico nas relações entre a Tailândia e o Camboja, que se agravaram no final de maio, com a morte de um soldado cambojano num confronto entre os exércitos das duas nações.

Leia Também: Camboja e Tailândia suspenderam os movimentos de tropas na fronteira

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2830021/tailandia-volta-a-acusar-camboja-de-violacao-do-cessar-fogo#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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