Tarifas? Trump diz que países deviam agradecer: "Muitos anos à boleia"
- 15/07/2025
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu que os países deviam agradecer por "muitos anos de boleias" 'às custas' de Washington, dizendo ainda que o país foi roubado "por amigos e inimigos".
"Os Estados Unidos foram roubados em comércio (e militar) por amigos e inimigos, igualmente, durante décadas", começou por escrever esta segunda-feira, na sua plataforma. Truth Social. Na mesma publicação, acrescentando que essa foi uma situação que custou vários milhões de dólares e que "já não é mais sustentável".
"Os países devem sentar-se e dizer: Obrigado por muitos anos de boleia, mas sabemos que agora tens de fazer o que é certo para os EUA", continuou.
Na mesma intervenção, Trump referiu ainda que os Estados Unidos devem responder: "Obrigado por entender a situação em que estamos. Muito grato!"
De recordar que Donald Trump tem vindo a anunciar a imposição de várias tarifas a diversos países. Entre eles estão os seus dois maiores parceiros comerciais, a União Europeia e o México.
"A partir de 1 de agosto de 2025, cobraremos da União Europeia uma tarifa de apenas 30% sobre os produtos da UE enviados aos Estados Unidos, independentemente de todas as tarifas setoriais", adiantou o presidente norte-americano.
Donald Trump afirmou que as tarifas permitirão aos Estados Unidos receber mais dinheiro e defendeu que o acordo para maior investimento da NATO em defesa dá "uma grande voz" a Washington.
"Basicamente, estamos a dizer aos países que lhes vamos dar o privilégio de comprar e trabalhar no nosso país. E acho que isso é muito bom", disse, horas mais tarde, o chefe de Estado.
"Em alguns casos, faremos acordos diretos. Já fizemos alguns com vários países. É uma enorme quantidade de dinheiro para este país", disse o presidente em entrevista à emissora norte-americana Fox News.
Já a União Europeia, pela voz da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, revelou que iria suspendeu as medidas de retaliação contra as tarifas norte-americanas, uma vez que iria procurar continuar as negociações com os Estados Unidos.
"Os Estados Unidos enviaram-nos uma carta com medidas que entrarão em vigor a menos que haja uma solução negociada. Por isso, estamos também a prolongar a suspensão das nossas medidas até agosto", anunciou Ursula Von der Leyen, em conferência de imprensa em Bruxelas, na Bélgica.
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