Bulgária pode deixar Putin cruzar o seu espaço aéreo para negociações
- 21/10/2025
"Como poderia a reunião decorrer se um dos participantes não pudesse comparecer?", questionou o chefe da diplomacia de Sófia, Georg Georgiev, segundo o jornal 'online' búlgaro Novinite, a respeito da autorização à passagem de Putin, que é procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra e contra a humanidade.
Georgiev fez estas declarações a partir do Luxemburgo, onde participou no Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE).
"Quando se envidam esforços pela paz, é lógico que todas as partes contribuam para que esta reunião seja possível", comentou.
A porta-voz dos Negócios Estrangeiros da UE, Anitta Hipper, indicou na semana passada que não existe uma proibição de entrada para Putin e que a abertura do espaço aéreo a aeronaves russas é uma decisão de cada Estado-membro.
Trump e Putin concordaram na passada quinta-feira com a realização de uma reunião em Budapeste para negociar o fim da guerra, desencadeada pela invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Em março de 2023, o TPI emitiu mandados de detenção contra o líder do Kremlin e contra a comissária russa para os direitos da criança, Maria Lvova-Belova, pelo papel de ambos na deportação forçada de menores ucranianos.
Uma cimeira em agosto com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no Alasca, marcou a primeira viagem de Putin ao Ocidente desde o início da guerra, mas Washington não reconhece o tribunal sediado em Haia.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Bulgária confirmou hoje, por outro lado, que o seu país apoiará o 19.º conjunto de sanções que a UE deverá aprovar esta semana contra a Rússia pela invasão da Ucrânia, ao mesmo tempo que acusou Moscovo de não fazer esforços significativos em direção à paz.
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