Espanhola de flotilha acusada de agressão por Israel chega a Madrid
- 13/10/2025
A espanhola Reyes Rigo era a última pessoa da Global Sumud que permanecia em Israel e ficou retida mais tempo do que os restantes elementos da flotilha por ter sido acusada de morder uma funcionária da prisão para onde foi levada.
Reyes Rigo chegou hoje a Madrid com outros cinco espanhóis que integravam uma segunda flotilha que, tal como a Global Sumud, pretendia chegar ao território palestiniano da Faixa de Gaza, mas foram intercetadas em águas internacionais por militares de Israel, que detiveram as tripulações.
A espanhola chegou a um acordo com o Ministério Público de Israel para poder ser deportada e aceitou pagar uma multa de cerca de 2.600 euros, segundo notícias nos meios de comunicação social de Espanha.
A Flotilha Global Sumud saiu de Barcelona no início de setembro e foi intercetada no início de outubro em águas internacionais por Israel, que deteve as 462 pessoas que seguiam nos barcos, incluindo quatro portugueses.
Já a Flotilha da Liberdade, que transportava 145 ativistas de 30 países, partiu da Itália no final de setembro com destino à Faixa de Gaza e foi intercetada por Israel na quarta-feira passada em águas internacionais.
Todas as pessoas que integraram as duas flotilhas foram já libertadas por Israel, avançou no domingo a organização humanitária Adalah, citada pela agência EFE.
A organização não-governamental de advocacia Adalah recordou a ilegalidade do "ataque de Israel" a civis desarmados em águas internacionais, e registou várias denúncias de abusos e maus-tratos, tanto na abordagem aos barcos como na detenção israelita.
As duas flotilhas pretendiam romper o cerco israelita a Gaza e criar um corredor humanitário com o território palestiniano há dois anos cenário de uma guerra de Israel contra o grupo islamita Hamas.
Na sexta-feira entrou em vigor um acordo de cessar-fogo, baseado num plano apresentado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o objetivo de pôr fim à guerra.
A guerra foi desencadeada por um ataque perpetrado em 07 de outubro de 2023 pelo Hamas em território israelita, que fez cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.
A retaliação de Israel fez mais de 65 mil mortos entre os palestinianos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
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