Fazer parte da SCO é uma "escolha estratégica" para a Bielorrússia
- 01/09/2025
"A Bielorrússia orgulha-se de ter-se tornado membro de pleno direito da SCO há um ano. Isto está em consonância com os nossos interesses fundamentais a longo prazo e abre oportunidades adicionais e amplas áreas de cooperação", afirmou o líder, na reunião dos líderes dos países membros da OCS, no nordeste da China.
De acordo com a agência estatal bielorrussa Belta, Lukashenko destacou que a SCO "é justamente considerada uma das organizações internacionais mais representativas e influentes da Eurásia" e afirmou que "é natural que novos Estados procurem aderir à organização".
A Bielorrússia "apoia a expansão da SCO com novos membros e parceiros, aqueles que partilham incondicionalmente os valores e fundamentos do 'espírito de Xangai': respeito e confiança mútua, igualdade, diálogo e um compromisso com o desenvolvimento comum", referiu
Lukashenko interveio na reunião após ter mantido no domingo um encontro bilateral com o Presidente chinês, Xi Jinping.
Nessa reunião, Lukashenko afirmou que a Bielorrússia "é um parceiro firme e um amigo sempre fiável para a China" e sustentou que "nenhuma força pode deter o desenvolvimento e a revitalização" do país asiático.
O líder bielorrusso assegurou que Pequim "mantém uma posição imparcial nas questões internacionais e regionais" e "dá importantes contribuições para a paz e a estabilidade no mundo".
Cada vez mais isolado da Europa e do resto do Ocidente devido à sua deriva autoritária, o Governo de Lukashenko aproximou-se de aliados como a China e a Rússia.
A viagem de Lukashenko ocorre num contexto de negociações para o fim do conflito na Ucrânia, uma guerra na qual Minsk foi acusada por Kiev de ser cúmplice de Moscovo e em relação à qual Pequim tem mantido uma posição ambígua.
O Presidente bielorrusso assistirá, na quarta-feira, em Pequim, ao desfile pelo 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico, no qual a China exibirá o seu poderio militar.
A SCO, fundada em 2001, é composta por China, Rússia, Índia, Paquistão, Irão, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão e Uzbequistão, e abrange aproximadamente 40% da população mundial.
O grupo não possui cláusulas de defesa mútua, ao contrário da NATO, e apresenta-se como um fórum para a cooperação política, económica e de segurança.
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