Irão pede a países muçulmanos que rompam relações com Israel
- 15/09/2025
"É possível que os países muçulmanos quebrem os laços com este regime fictício e preservem ao máximo a sua unidade e coesão", disse Pezeshkian antes de partir para o Qatar, manifestando a esperança de que a cimeira "chegue a uma decisão" sobre as medidas a tomar contra Israel.
A cimeira de emergência da Liga Árabe e da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) foi convocada hoje para coordenar a resposta ao recente ataque israelita contra o grupo islamita palestiniano Hamas na capital do Qatar.
Antes de embarcar no aeroporto de Mehrabad, em Teerão, Pezeshkian explicou que se desloca a Doha a convite do emir do Qatar, Tamim bin Hamad Al-Thani, com o objetivo de abordar "a agressão flagrante do regime sionista [Israel], que violou todas as leis internacionais".
"O regime sionista não reconhece qualquer estrutura legal, atacou inúmeros países islâmicos, como o Qatar, o Líbano, o Iraque, o Irão e o Iémen, e age como bem entende. Infelizmente, estas ações contam também com o apoio dos Estados Unidos e dos países europeus", afirmou o Presidente iraniano.
Mais de 50 países muçulmanos participarão na cimeira extraordinária da Liga Árabe e da OCI em Doha.
A reunião foi convocada após o ataque israelita a um edifício na capital do Qatar, na passada terça-feira, que matou cinco palestinianos e um agente de segurança qatari.
De acordo com Israel, o bombardeamento teve como alvo os líderes do Hamas reunidos no local, embora o movimento palestiniano tenha afirmado posteriormente que nenhum responsável pelas suas negociações com o Estado hebraico estava entre as vítimas.
Israel lançou em 13 de junho uma ofensiva militar de 12 dias contra o Irão -- na qual os Estados Unidos participaram posteriormente -, bombardeando instalações militares, nucleares e civis, causando mais de 1.000 mortos, incluindo dezenas de altos responsáveis militares iranianos e cientistas nucleares.
O Irão respondeu a estes ataques com lançamentos diários de mísseis e drones contra território israelita, resultando em 30 mortes.
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