Joias roubadas no Louvre: Saiba quais são (e a quem pertenceram)?
- 21/10/2025
Os assaltantes que invadiram o Museu do Louvre, em Paris, França, no domingo, saíram do edifício com nove joias, usadas por rainhas e imperatrizes francesas (e não só) ao longo dos séculos.
No entanto, do lado de fora do museu, um deles terá deixado cair um dos objetos de valor “inestimável”, pelo que, acabaram por levar oito.
Sabe-se, através do Ministério da Cultura francês, que todos os itens foram criados no século XIX e são:
- Uma tiara, grande laço de corpete e uma pregadeira (conhecida como “pregadeira relicário”) da Imperatriz Eugénie, esposa de Napoleão III;
- Um colar e brincos de esmeralda da Imperatriz Marie-Louise;
- Um tiara, colar, e um brinco de safiras de um conjunto que pertenceu a várias rainhas, de diferentes países.
A última joia, que chegou ao exterior do museu, mas não foi nas mãos dos assaltantes, trata-se da coroa da Imperatriz Eugénie.
Segundo as autoridades, os ladrões terão deixado cair o objeto durante a fuga do museu, sendo que o mesmo ficou danificado no assalto.
As joias da Imperatriz Eugénie
De entre os vários objetos roubados, estão três itens da Imperatriz Eugénie.
O diadema de pérolas, criado em 1853, contém 212 pérolas e 1.998 diamantes.
Já o grande nó, usado no corpete da imperatriz, é feito em prata, ouro e diamantes, foi originalmente parte de um cinto com quatro mil destas pedras raras.
A imperatriz terá usado o cinto durante uma visita da Rainha Vitória, de Inglaterra, ao Palácio de Versalhes, em 1855, e no batizado do príncipe imperial, no ano seguinte. Após esses eventos, terá decidido transformar o cinto num grande nó, pedindo a um dos seus joalheiros que acrescentasse borlas de diamantes em cascata.
Por fim, a pregadeira relicário (que tem este nome exatamente porque serviria para guardar uma relíquia sagrada), é composta por 94 diamantes, incluindo pedras oferecidas ao Rei Luís XIV pelo antigo ministro-chefe Cardeal Mazarin, em 1661.
A Imperatriz Eugénie foi esposa de Napoleão III, governando os franceses de 1853 a 1870. Era considerada uma das mulheres mais elegantes da sua época.
Conjunto de esmeraldas de Marie-Louise
Entre as joias levadas, está também um conjunto de esmeraldas, brincos e colar, oferecido por Napoleão à sua segunda mulher, Marie Louise da Áustria, em 1810. Inclui 32 esmeraldas e 1.138 diamantes.
Conjunto de safiras passou pelas mãos de duas rainhas
Por último, está uma tiara, um colar e apenas um brinco, todos parte de um conjunto criado com safiras e diamantes, que foi passado entre várias rainhas e membros da nobreza europeias: Rainha Hortense de Beauharnais, de Holanda, Marie-Amélie, de França, e Isabelle d’Orléans, duquesa de Guise (também em França).
A origem do conjunto, nomeadamente por quem e quando foi criado, são desconhecidas, segundo o Museu do Louvre, contudo, há quem teorize que possam ter pertencido à infame Maria Antonieta.
Sejam de onde forem, dizem os peritos, que “há uma corrida neste momento”.
O diretor executivo da ‘Art Recovery Internacional’, que se especializa na localização de arte roubada, afirmou que, especialmente, coroas e diademas podem ser facilmente desmontados e vendidos em partes mais pequenas no mercado.
“[Os ladrões] não vão mantê-los intactos, vão parti-los aos bocados, derreter o metal valioso, recortar as pedras preciosas e esconder a evidência do crime”, disse, citado pela BBC. Intactas, explicou, dificilmente serão vendidas.
Recorde-se que no domingo um grupo de assaltantes invadiu o Museu do Louvre durante a manhã, aproveitando obras no local para usar um elevador de carga de forma a ter acesso direto à Galeria d'Apollon - onde estava a valiosa coleção de joias.
Ao todo, o assalto não terá durado mais de sete minutos. A identidade e o paradeiro dos culpados não é ainda conhecida.
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