Líder do Senegal anuncia remodelação do Governo com três novos ministros

  • 07/09/2025

De acordo com um decreto lido na televisão pública senegalesa, no sábado à noite, o diplomata Cheikh Niang, antigo embaixador do país junto das Nações Unidas, é o novo ministro dos Negócios Estrangeiros.

 

Niang substitui Yassine Fall, nomeada ministra da Justiça em substituição do magistrado Ousmane Diagne, que chefiava o departamento desde a formação do anterior governo, em abril de 2024.

O novo ministro do Interior é Mouhamadou Bamba Cissé, advogado do primeiro-ministro Ousmane Sonko.

"Este não será um governo de relaxamento, mas sim um governo de compromisso e de combate. Seremos intransigentes e muito exigentes. [Teremos de] trabalhar 24 horas por dia, sete dias por semana, dada a situação que herdámos", declarou Ousmane Sonko.

O primeiro-ministro referia-se ao que considera ser o legado da administração do ex-presidente Macky Sall (2012-2024).

O Senegal mergulhou numa crise financeira depois de uma auditoria pública ter revelado que o Governo de Sall tinha subestimado o défice orçamental e os montantes de dívida pública por pagar.

Por outro lado, Ousmane Sonko explicou a mudança no Ministério da Justiça pelo desejo de que este "se reconciliasse com os senegaleses e recuperasse a [sua] confiança".

O primeiro-ministro e setores do partido no poder criticaram recentemente a demora nas investigações judiciais sobre a anterior administração e sobre a vaga de violência que fez dezenas de mortos entre 2021 e 2024.

Sonko foi reconduzido no cargo pelo Presidente Faye, que assumiu o cargo em abril de 2024.

A nova equipa está a ser formada numa altura em que o Senegal - país africano que faz fronteira com a Guiné-Bissau - enfrenta um défice orçamental de 14% e uma dívida pública pendente que representa 119% do Produto Interno Bruto.

A taxa de desemprego está estimada em 20%, enquanto a pobreza atinge 35,7% da população, de acordo com dados oficiais.

No início de agosto, Sonko revelou um "plano de recuperação económica e social" destinado a ser financiado em 90% por recursos domésticos para reforçar a soberania do país, que está actualmente em negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para novos apoios financeiros.

A 27 de agosto, o FMI considerou que o Senegal foi resiliente face aos "grandes erros de contabilização da dívida" e elogiou as autoridades senegalesas "pelo seu compromisso com a transparência e a responsabilização fiscal".

Após a divulgação dos resultados da auditoria à administração Sall, o FMI congelou os desembolsos de um empréstimo ao Senegal e as agências de notação financeira desceram o rating do país, impedindo, na prática, o acesso aos mercados financeiros internacionais.

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FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2849528/lider-do-senegal-anuncia-remodelacao-do-governo-com-tres-novos-ministros#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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