Londres. Detidas 890 pessoas na manifestação de apoio ao Palestine Action
- 07/09/2025
Segundo a polícia metropolitana de Londres, Scotland Yard, 857 manifestantes foram detidos por apoiarem o grupo ilegalizado em julho último, e 33 por agredirem agentes e pela prática de outros crimes contra a ordem pública.
Anteriormente, a subcomissária adjunta da polícia de Londres, Claire Smart, acusara participantes do protesto organizado pela Defend Our Juries na praça do Parlamento de cuspir, insultar e agredir agentes.
Outra concentração convocada em paralelo pela Coligação Contra a Guerra e pela Campanha de Solidariedade com a Palestina, na qual participaram perto de 20.000 pessoas, decorreu "sem sem praticamente nenhuma detenção", acrescentou Claire Smart.
"As táticas utilizadas pelos apoiantes da Palestine Action na tentativa de sobrecarregar o sistema judicial, bem como o nível de violência observado entre a multidão, exigiram o envio de recursos consideráveis, o que obrigou à retirada de agentes dos bairros, em detrimento dos londrinos que deles dependem», afirmou.
A polícia já deteve mais de 500 pessoas noutro protesto em agosto, no qual, à semelhança do que aconteceu no sábado, os manifestantes empunhavam cartazes de apoio ao grupo, que foi proibido em julho após vandalizar dois aviões numa base militar britânica e bloquear a entrada de uma empresa fornecedora de armas para Israel.
Muitos idosos e portadores de deficiência participaram em ambas as manifestações, sendo que, na de agosto, a maioria dos detidos tinham idades compreendidas entre os 60 e os 69 anos e defendiam a liberdade de expressão.
Durante o protesto de sábado, onde se ouviram ´slogans` como «Oponho-me ao genocídio, apoio a Palestine Action», ocorreram episódios violentos, nomeadamente em ruas adjacentes enquanto na concentração principal, na praça do Parlamento, os protestos foram pacíficos.
Na véspera, a polícia alertara que expressar apoio a uma organização proibida é considerado crime face à Lei do Terrorismo e que os infratores seriam detidos.
Até ao momento, mais de 138 pessoas foram formalmente acusadas por pertencerem ou demonstrarem apoio ao grupo, estando sujeitas a penas de prisão que podem ir até aos 14 anos, enquanto o Ministério do Interior planeia recorrer da decisão judicial que permitia à organização contestar a sua ilegalização.
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