Ministro da Segurança da Bósnia detido por suspeitas de corrupção
- 26/12/2024
O ministro da Segurança da Bósnia, o sérvio-bósnio Nenad Nesic, foi detido esta quinta-feira por suspeitas de crime organizado, incluindo branqueamento de capitais, abuso de poder e aceitação de subornos. De acordo com a agência de notícias Reuters, outras seis pessoas foram detidas.
Em causa estão suspeitas de corrupção na empresa pública Roads of RS - onde Nesic foi diretor-geral entre 2016 e 2020 - que têm estado a ser investigadas pelo Ministério Público e pelo Ministério do Interior da República Sérvia da Bósnia (RS).
O atual diretor-geral da empresa, Milan Dakic, também foi detido, bem como Mladen Lucic, irmão de um antigo ministro.
O presidente da República Srpska, ou República Sérvia da Bósnia, Milorad Dodik, que está a ser julgado no tribunal estatal da Bósnia por desafiar as decisões do enviado internacional para a paz, Christian Schmidt, acusou o Ministério Público de uma campanha de perseguição contra funcionários do governo sérvio.
"O procedimento lançado pelo Ministério Público da Bósnia contra o ministro da Segurança, Nenad Nesic, é totalmente inaceitável", escreveu na rede social X, acrescentando que "esta forma de trabalhar representa a perseguição de pessoal da República Srpska com o objetivo da sua desestabilização".
"O Ministério Público da Bósnia-Herzegovina mostra que se tornou um instrumento de certas embaixadas estrangeiras e do público político de Sarajevo para ajustar contas com a República Srpska", atirou.
Потпуно је неприхватљив поступак који је Тужилаштво БиХ покренуло против министра безбједности БиХ Ненада Нешића. Овакав начин рада представља прогон кадрова из Републике Српске с циљем њене дестабилизације.
— Милорад Додик (@MiloradDodik) December 26, 2024
Тужилаштво БиХ показује да је постало инструмент појединих страних…
A detenção de Nesic ocorreu no mesmo dia em que o parlamento da República Srpska, que, juntamente com a entidade muçulmana e croata, constitui a Bósnia-Herzegovina desde 1995, aprovou uma resolução muito crítica em relação aos órgãos centrais de justiça e negou a autoridade do representante internacional para o país, Christian Schmidt.
O parlamento regional apelou igualmente aos representantes sérvios para que boicotem a tomada de decisões nas instituições centrais do país.
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