Palestiniano morto quando tentava saltar muro para entrar em Jerusalém
- 15/09/2025
"A Polícia de Fronteira frustrou uma tentativa de infiltração através da barreira de separação em Jerusalém" e disparou sobre "um suspeito para o neutralizar", descreveu um porta-voz da polícia israelita.
A sua morte foi confirmada pelas equipas médicas, acrescentou.
O Ministério da Saúde palestiniano anunciou em comunicado que "Sanad Najah Mohamed Hantouli (25 anos) foi morto por tiros da ocupação [Israel] perto da cidade de al-Ram".
O corpo da vítima foi transferido para as autoridades palestinianas.
Israel impõe restrições à circulação dos três milhões de palestinianos na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967, bem como em Jerusalém Oriental.
As autoridades israelitas justificam a criação da "barreira de segurança" com a proteção do seu território de ataques a partir da Cisjordânia.
No entanto, para os palestinianos, esta separação, erguida com arame farpado, vedações elétricas e muros de betão até nove metros de altura, é considerado o "muro do apartheid", e representa um dos símbolos mais odiados da ocupação.
Para cruzar os postos de controlo militares em direção a Jerusalém Oriental ou a Israel, os palestinianos precisam de obter autorizações.
Desde o início da guerra com o grupo islamita Hamas na Faixa de Gaza, há quase dois anos, Israel suspendeu numerosas autorizações de trabalho que permitiam aos palestinianos entrar em Israel, alegando razões de segurança.
Esta situação levou alguns trabalhadores a tentarem entrar ilegalmente em Israel em busca de um emprego, e vários foram mortos pelas forças israelitas.
A violência tem aumentado na Cisjordânia, parcialmente gerida Pela Autoridade Palestiniana, desde o início da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque do Hamas em solo israelita, a 07 de outubro de 2023 e desde então respondido com uma ofensiva em grande escala no enclave.
Nas últimas semanas, foram anunciados planos de expansão dos colonatos na Cisjordânia ocupada e a ala radical do Governo israelita está a colocar pressão para que o território seja anexado.
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