Paralisia orçamental entra na 4.ª semana e Congresso enfrenta pressão
- 23/10/2025
Alcançar esta marca de 22 dias, "é simplesmente vergonhoso", declarou Mike Johnson, líder republicano da Câmara dos Representantes, durante uma conferência de imprensa.
Os republicanos e a oposição democrata estão num impasse no Congresso, incapazes de chegar a acordo sobre um novo orçamento, após mais de três semanas de bloqueio.
No cerne do debate está um desacordo entre, de um lado, o partido de Donald Trump que deseja prolongar o orçamento atual e, do outro, os democratas que exigem a extensão de subsídios para programas de seguros de saúde destinados a famílias de baixos rendimentos.
"Os democratas continuam a marcar a História, mas fazem-no por todas as razões erradas", acrescentou Mike Johnson.
Nos aeroportos, a preocupação cresce entre os cerca de 63.000 controladores de tráfego aéreo e agentes de segurança dos transportes, que não recebem o seu salário enquanto a paralisação durar. Considerados essenciais, são obrigados a trabalhar enquanto esperam.
Durante a anterior "shutdown", em 2019, vários deles recorreram a baixa médica em vez de trabalhar sem receber, o que provocou atrasos significativos nos aeroportos.
Esta decisão pôs fim à mais longa paralisação orçamental da história americana, com 35 dias, já sob o governo de Donald Trump.
Na terça-feira, o regulador americano da aviação civil (FAA) colocou os aviões no solo em dois aeroportos de Houston, no sul do país, devido a problemas de pessoal, segundo o seu site na internet.
"A cada dia de paralisação do governo (...), um nível adicional de segurança corre o risco de desaparecer", preocupa-se Dave Spero, presidente do sindicato dos especialistas em segurança aérea (PASS).
"Os trabalhadores em lay-off querem voltar a trabalhar, todos os funcionários devem ser pagos (...) Pedimos ao Congresso que reabra o governo o mais rápido possível", afirma.
De acordo com estimativas do 'think tank' Bipartisan Policy Center, mais de 700.000 funcionários federais estão sem remuneração e quase 700.000 outros são forçados a continuar a trabalhar, mas sem serem pagos, até o fim do bloqueio.
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