Portugal sem entraves ao reconhecimento da Palestina, diz Rangel

  • 15/09/2025

"Neste momento está concluído o processo de audição dos grupos parlamentares na Assembleia da República. Terei ainda que falar mais uma vez eu e o senhor primeiro-ministro com o senhor Presidente da República", afirmou hoje, após um encontro com a homóloga britânica, Yvette Cooper. 

 

Rangel adiantou que "até agora não há nenhum facto que vá interferir nesse caminho para o reconhecimento", referindo que "o processo está em andamento e terá desenvolvimentos para a semana".

O chefe da diplomacia portuguesa confirmou que este assunto foi um dos que foram discutidos durante a reunião com Yvette Cooper, pois o Reino Unido também está a ponderar reconhecer a Palestina como Estado durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas, que se realiza no final do mês em Nova Iorque. 

"Nós estivemos sempre [em] sintonia, nomeadamente com a França, o Luxemburgo e a Bélgica, ao longo deste ano e meio, mas em particular também com o Reino Unido", vincou.

Questionado sobre as críticas de Portugal ao ataque de Israel no Catar a 09 de setembro, matando cinco elementos do Hamas e um polícia local, Rangel rejeitou acusações de dualidade de critérios. 

"Se me falasse de governos anteriores, eles poderiam ser acusados disso. Este governo foi o governo que até agora mais fez pela solução dos dois Estados. Portugal foi sempre a favor da solução dos dois Estados desde que é uma democracia e até antes já", argumentou.

O ministro atribuiu as acusações a "alguns radicais em Portugal" que "quando tiveram responsabilidades governativas ou poderem influenciar o governo, não fizeram nada". 

Nesse sentido, Rangel revelou que deu instruções à representação portuguesa na ONU para fazer uma intervenção  no debate de terça-feira sobre este tema à parte da da UE para enfatizar que "condenamos obviamente essa atuação extraterritorial de Israel".

"Uma coisa é o combate ao Hamas como organização terrorista, que não há dúvidas sobre isso. Outra coisa é fazer incursão no território de um Estado que ainda por cima é um Estado mediador", justificou. 

A agenda internacional dominou o encontro com Cooper, tendo sido discutidas a visita do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, à China e Japão e também a visita do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Reino Unido esta semana. 

"É uma visita muito importante para o Reino Unido, que é um aliado tradicional e, eu diria, íntimo dos Estados Unidos, mas também é muito importante para a Europa e até para a União Europeia [e] para a NATO em geral", disse Rangel.

O ministro português espera que "na questão da Ucrânia e, eventualmente, da pressão económica a ser exercida sobre a Rússia, possa haver alguns resultados".

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FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2853836/portugal-sem-entraves-ao-reconhecimento-da-palestina-diz-rangel#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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