Presos palestinianos? Supremo israelita ordena melhoria das "condições"
- 07/09/2025
A decisão responde a uma petição da Associação pelos Direitos Civis em Israel (ACRI, na sigla em inglês) contra o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, que tem a tutela das prisões.
Em comunicado, diretora executiva da ACRI, Noa Sattath, considerou-a uma "vitória crucial para o Estado de Direito e a dignidade humana", mas sublinhou que o trabalho da associação "está longe de terminado" e que agora é preciso supervisionar a implementação da decisão judicial, "para garantir que todos os reclusos recebem o tratamento digno que a lei estabelece".
O ministro Ben Gvir já reagiu garantindo que continuarão a ser dadas aos presos "as condições mínimas impostas pela lei" e criticou o Supremo, numa publicação na rede social X: "Juízes do Supremo Tribunal, de que lado estão? Os nossos reféns em Gaza não contam com um tribunal que os proteja. Os assassinos e abomináveis violadores contam, para nossa vergonha, com um Superior Tribunal que os protege."
Em julho de 2024, o governante assumiu como um dos seus principais objetivos "piorar as condições dos terroristas nas prisões".
Apresentada a 04 de abril de 2024, a petição da ACRI reúne testemunhos de prisioneiros, advogados e representantes dos próprios serviços prisionais, que denunciaram que existe uma política de "inanição" (privação de alimento) para os detidos palestinianos por motivos de segurança, desde os ataques do Hamas contra Israel, a 07 de outubro de 2023.
Presos entretanto libertados relataram ter sido sujeitos a fome extrema e contínua, fruto de receberem uma alimentação de muito má qualidade.
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