Procurador que investigou conspiração entre Trump e Rússia tem Parkinson
- 01/09/2025
Robert Mueller, procurador especial que liderou a investigação sobre a suspeita de conluio entre a Rússia e a equipa de Donald Trump na campanha presidencial de 2016, foi diagnosticado com a doença de Parkinson há quatro anos, revelou, agora, a família.
"Bob foi diagnosticado com a doença de Parkinson no verão de 2021", disse a família de Mueller, que também foi diretor do FBI, num comunicado enviado ao New York Times.
Mueller aposentou-se da advocacia no final desse ano e ainda deu aulas de Direito durante o outono de 2021 e 2022, ano em que também se aposentou do ensino, segundo a mesma nota.
"A sua família pede que a sua privacidade seja respeitada", refere.
Outras fontes disseram ao jornal que Robert Mueller tem tido dificuldades para se movimentar e falar e não poderá comparecer no Congresso para testemunhar no âmbito de uma investigação sobre o tratamento federal do caso Jeffrey Epstein, como era esperado.
Os congressistas queriam questionar Mueller, de 81 anos, sobre como lidou com o caso de Epstein enquanto era diretor do FBI, de 2001 a 2013.
As especulações em torno da saúde de Mueller começaram em 2019, quando num depoimento perante Comissão de Justiça da Câmara dos Representantes, no Capitólio, apresentou um discurso difícil de entender, com desorientação.
De realçar que a doença, rara antes dos 50 anos, causa tremores, lentidão e dificuldades na fala.
De recordar que a comissão de supervisão da Câmara dos Representantes intimou, além de oito ex-altos funcionários federais da área da justiça, o ex-presidente Bill Clinton e a ex-secretária de Estado Hillary Clinton para prestarem depoimentos, no âmbito de uma investigação do Congresso dos Estados Unidos que os representantes acreditam poder revelar ligações com o presidente norte-americano em exercício, Donald Trump, e outros ex-altos responsáveis do país.
Trump negou conhecimento prévio dos crimes de Epstein e afirmou ter cortado relações com ele há muito tempo, e tentou repetidamente desvalorizar a decisão do Departamento de Justiça de não divulgar um relatório completo da investigação.
Mas membros dos dois principais partidos políticos da câmara baixa do Congresso, bem como muitos dos apoiantes políticos do presidente republicano, recusaram-se a deixar cair o assunto.
Desde o suicídio de Jeffrey Epstein, em 2019, numa cela de prisão em Nova Iorque, enquanto aguardava julgamento por acusações de tráfico sexual de menores, os conservadores alimentaram teorias da conspiração sobre que informações terão os investigadores reunido sobre Epstein --- e quem mais poderá estar envolvido.
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Lusa | 18:03 - 05/08/2025Robert Mueller liderou também a investigação sobre a interferência russa nas eleições de 2016. A mesma obteve múltiplas condenações contra conselheiros e aliados de Trump, mas não apresentou provas de uma conspiração criminosa entre Moscovo e a campanha republicana.
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