Vaticano critica violência de colonos israelitas contra cristãos da Cisjordânia
- 21/10/2025
"O problema é muito complexo", afirmou Parolin aos jornalistas quando questionado se os cristãos na Cisjordânia estavam a ser perseguidos.
"Não conseguimos compreender porque é que os cristãos que vivem as suas vidas são normalmente alvo de tanta fúria (...). É um pouco problemático falar de perseguição, mas são situações que certamente não podemos aceitar", garantiu o secretário de Estado do Vaticano.
Em julho, o Conselho dos Patriarcas das Igrejas de Jerusalém pediu à comunidade internacional que tome medidas contra a violência dos colonos israelitas em Taybeh, a única cidade inteiramente cristã que resta na Cisjordânia ocupada.
Os líderes religiosos exigiram, além disso, que os colonos israelitas que atacam diariamente a cidade, e que incendiaram os arredores da igreja de São Jorge, sejam levados à justiça.
A localidade é a última composta totalmente por cristãos palestinianos na Cisjordânia e está situada perto da cidade que é a sede política de Ramallah, no centro do território.
Os patriarcas denunciaram que os "radicais" israelitas têm levado o gado para as terras dos cristãos a leste de Taybeh, a zona agrícola da cidade entretanto tornada inacessível aos seus proprietários, danificando as oliveiras, das quais as famílias dependem.
O cardeal Pizzaballa referiu que os líderes cristãos de Taybeh denunciaram esses ataques ao COGAT, o órgão militar israelita responsável por assuntos civis nos territórios ocupados de Gaza e Cisjordânia, mas que este não agiu.
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