Vice-presidente da Guiana reivindica reeleição do atual líder, Irfaan Ali

  • 03/09/2025

"Agora é simples. As eleições acabaram. Agora é uma questão de matemática, e qualquer pessoa que saiba usar uma calculadora saberá os resultados", afirmou Jagdeo, na terça-feira.

 

"Por volta das 05h00 [de terça-feira, 10h00 em Lisboa], concluímos a recontagem interna e soubemos os resultados, pois tínhamos cerca de 99% dos SOP [atas eleitorais] que utilizámos", afirmou o secretário-geral do Partido Progressista Popular/Cívico (PPP/C).

Jagdeo disse esperar que, após a recontagem dos resultados eleitorais, o PPP/C consiga uma maioria ainda maior no Parlamento da Guiana, país sul-americano de 850 mil habitantes.

A presidência foi disputada entre Ali, o magnata Azurddin Mohamed, sancionado pelos EUA e fundador do movimento Investimos na Nação (WIN), e Aubrey Norton, líder da Associação para uma Nova Unidade (APNU, esquerda).

De acordo com os registos eleitorais já divulgados publicamente, o WIN também obteve um apoio significativo, enquanto o maior derrotado foi o APNU, até agora o maior partido da oposição.

A Comissão Eleitoral deverá anunciar o vencedor oficial das eleições na quinta-feira.

As eleições na Guiana, dotada das maiores reservas de petróleo per capita do mundo, são logisticamente complexas, dado que mais de 95% do território está coberto por floresta tropical.

As eleições presidenciais, legislativas e regionais da Guiana determinarão quem irá gerir a vasta riqueza petrolífera do país durante os próximos cinco anos.

A Guiana alcançou um crescimento recorde de 63% em 2022, graças ao petróleo, e, de acordo com previsões do Fundo Monetário Internacional, crescerá em média 14% ao ano até 2030.

A maioria das reservas de petróleo está localizada na bacia do rio Essequibo, uma região fronteiriça que é também reivindicada pela Venezuela.

No domingo, um dia antes das eleições, a Guiana denunciou tiros disparados da Venezuela contra um barco guianês que transportava material eleitoral para a votação em Essequibo.

Irfaan Ali, que recebeu o apoio dos Estados Unidos na disputa entre os dois países, assumiu uma posição firme contra a Venezuela, que relançou as reivindicações sobre o território de Essequibo em 2019, após a descoberta de novas reservas de hidrocarbonetos.

A Guiana defende que a atual fronteira, que data da era colonial britânica, foi ratificada em 1899 e pediu ao Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) que a ratifique.

A Venezuela, que não reconhece a jurisdição do TIJ, sustenta que o rio Essequibo, situado mais a leste, deveria ser a fronteira natural, como era em 1777, durante a colonização espanhola, e exigiu negociações, liminarmente rejeitadas pela Guiana.

Leia Também: Guiana denuncia disparos da Venezuela contra barco com material eleitoral

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2847419/vice-presidente-da-guiana-reivindica-reeleicao-do-atual-lider-irfaan-ali#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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