Violação do espaço aéreo? Oslo e Copenhaga convocam embaixador russo
- 15/09/2025
O diretor do departamento de Política de Segurança do Ministério dos Negócios Estrangeiros norueguês frisou ao embaixador Nikolai Korchunov que as violações "representam um comportamento irresponsável e inaceitável por parte da Rússia", indicou Oslo em comunicado.
Também o Ministério dos Negócios Estrangeiros dinamarquês convocou o chefe da missão russa em Copenhaga, Vladimir Barbin.
"As violações que vimos do espaço aéreo da NATO são inaceitáveis e demonstram claramente que a agressão do [Presidente russo, Vladimir] Putin não conhece limites", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen.
Noruega, Dinamarca e aliados manifestaram pleno apoio à Polónia, que, a 10 deste mês, com ajuda de outros Estados-membros da NATO, como Itália, Países Baixos e Alemanha, abateu pelo menos três dos 19 drones russos que violaram o espaço aéreo polaco.
Também hoje, o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico chamou o embaixador russo em Londres para esclarecimentos sobre as recentes violações do espaço aéreo da NATO na Polónia e na Roménia.
"Violações graves e sem precedentes do espaço aéreo polaco e da NATO por drones russos na passada semana -- seguidas por incursões no espaço aéreo romeno no sábado -- são completamente inaceitáveis. O Reino Unido está com a Polónia, a Roménia e os aliados da NATO na condenação sem quaisquer reservas destas ações irresponsáveis", disse um porta-voz.
Depois da entrada de um drone russo no espaço aéreo da Roménia, a defesa romena enviou na noite de sábado dois aviões de caça, F-16, para verificar a situação.
Na quarta-feira, a Rússia lançou mais de 450 drones e mísseis contra a Ucrânia, que Moscovo invadiu em fevereiro de 2022.
O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, indicou que 19 destas aeronaves não tripuladas violaram o espaço aéreo da Polónia, membro da NATO e da UE.
Três drones foram abatidos com a ajuda de caças furtivos F-35 da força aérea dos Países Baixos.
O Ministério da Defesa russo garantiu que "não havia qualquer intenção de atacar alvos em território polaco".
Antes de Oslo e Copenhaga, e pelas mesmas razões, também países europeus como Alemanha, França, Portugal e Países Baixos tinham convocado o embaixador ou encarregado de negócios russo nos respetivos territórios.
Leia Também: Kremlin acusa Ucrânia de "abrandar artificialmente" conversações de paz